Geografia da Palestina

28-08-2012 16:24

Introdução

            Nesse trabalho abordaremos algo relacionado a Geografia da palestina na épocas passadas, como seus rios, lagos entre outros assunto de grande importância, que trataremos nesse contexto histórico e geográfico da palestina.

 Geografia do Mundo Antigo

Rio Eufrates - Mesopotâmia

Iremos começa depois do dilúvio. A escassez de material arqueológico, com comprovações sobre a vida e a cultura dos povos que existiram antes dele nos impossibilita dar informações precisas. Pouco ou quase nada se sabe sobre o que aconteceu antes. Acredita-se que a civilização mais antiga tenha sido a Suméria, por causa dos achados arqueológicos, nessa região, de escritos a respeito de um grande dilúvio que acontecera na terra.

             O cenário para nosso estudo se encontra entre os paralelos 28º e 38º, ao Norte da linha do Equador e os meridianos 30º e 50º a Leste de Greenwich, região conhecida hoje como Oriente Médio - antigo Oriente Próximo, fazendo parte desse território os seguintes países: Egito (Egito), Israel (Canaã), Palestina (Canaã e Filístia), Turquia (Império Heteu ou Hitita), Líbano (Fenícia), Síria (Síria), Jordânia (Canaã), Arábia Saudita (Arábia), Iraque e Kuwait (Mesopotâmia – Babilônia e Assíria), e Irã (Média e Pérsia). Compreendendo uma área próxima a 2.184.000 km quadrado localizada na região ocidental da grande Ásia, tendo ao Norte uma série de cordilheiras, a Leste um extenso deserto, a Oeste o Mar Mediterrâneo e ao Sul o deserto arábico.

            A maior parte do terreno do mundo antigo era desértica e montanhosa. As terras férteis faziam limites com as enormes montanhas e os vastos desertos, mas dentro delas havia abundância de fertilidade e de vida e as grandes civilizações antigas cresceram e prosperaram em torno dos principais e maiores rios da região. Se traçarmos uma linha imaginária no formato de uma meia-lua entre esses rios, encontraremos um grande espaço conhecido como Crescente Fértil. O lugar recebe esse nome por causa da grande fertilidade do seu solo, cujas terras são baixas e abundantes de água. Podemos dividir o Crescente Fértil em três sub-regiões: O Egito em torno do rio Nilo, a Mesopotâmia em torno dos rios Tigre e Eufrates e a região Palestina-Síria em torno dos rios Jordão e Orontes.

             Destacamos a região conhecida pelo nome grego Mesopotâmia – “entre rios” - localizada entre os rios Tigre e Eufrates, por ser a parte mais rica do Crescente Fértil. Três vezes ao ano se plantava e, sem depender das águas da chuva, a colheita era abundante, fazendo desse lugar o mais rico do mundo antigo. Dentro de seus limites Deus plantou o belíssimo jardim do Éden para ser o lugar de habitação do primeiro homem, obra prima de sua criação. Ali também o mundo assistiu ao surgimento da grande Babilônia, citada na Bíblia como “a jóia dos reinos”. Orgulhosa e ímpia cometeu o erro fatal de oprimir e escravizar o povo de Israel, recebendo assim a sentença de morte anunciada pelo próprio Deus por intermédio do profeta Isaías: “Babilônia, a joia dos reinos, glória e orgulho dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou. Nunca, jamais será habitada, ninguém morará nela de geração em geração...” (Isaías 13:19-22). A Palavra de Deus foi cumprida e a antiga Babilônia, hoje conhecida como Iraque, com pouquíssimas terras cultiváveis, é um imenso deserto, habitação de hienas e chacais.

             As características geográficas da Mesopotâmia e do Egito tornaram possível um desenvolvimento mais unificado. Seus rios eram grandes o suficiente para promoverem um comércio acessível, tornando viável o crescimento econômico, cultural e político. Dessa região surgiram os grandes impérios do mundo antigo: Egito, Babilônia e Assíria.

             A Palestina-Síria, por outro lado, caracteriza-se pela segmentação. Possuindo pequenos rios (Jordão e Orontes) e várias diversidades topográficas, a terra foi dividida em pequenos territórios dominados por diversos povos. Durante a sua história podemos ver que nessa região não surgiram civilizações avançadas e nem grandes impérios. Mas ela possuía um aspecto singular que a diferenciava das outras regiões, situada estrategicamente como uma ponte, ela ligava os três continentes e, por causa disso, recebeu fortes influências de outros povos e sempre foi alvo de conflitos entre os impérios que desejavam dominá-la para si.

OS RIOS

Os principais rios das terras bíblicas são:

O Tigre e o Eufrates – nascem nas montanhas da Armênia ou Ararate e correm lado a lado, tendo entre si a planície da Mesopotâmia. O Eufrates tem sido, desde os tempos antigos, o mais importante meio de transporte da região.

O Orontes – corre pelas terras da Síria, no sentido Sul-Norte e deságua no Mediterrâneo.

O Jordão – totalmente dentro da Palestina, nasce no Monte Hermom, corre no sentido Norte-Sul e deságua no Mar Morto. É o principal rio de Israel.

O Nilo -  situado no Egito, atravessa e abastece o país de Norte a Sul. É o maior rio - em extensão - do mundo. (O rio Amazonas é o maior em volume). Sagrado para os egípcios.

O Araxes e o Hális - nascem na Cordilheira da Armênia ou Ararate, desaguando, respectivamente, nos Mares Cáspio e Negro. Alguns estudiosos os identificam como os rios Pison e Giom que, juntamente com o Tigre e o Eufrates, formam os quatro braços em que se dividia o rio que nascia no Éden. “E saía um rio do Éden para regar o jardim e dali se dividia, repartindo-se em quatro braços. O primeiro chama-se Pison; é o que rodeia a terra de Havilá, onde há ouro. O ouro dessa terra é bom. Também se encontram ali o bdélio  e a pedra de ônix. O segundo rio chama-se Giom; é o que circunda a terra de Cuxe. O nome do terceiro rio é o Tigre; é o que corre pelo oriente da Assíria. E o quarto é o Eufrates”. (Gênesis 2. 10-14)

OS PAÍSES

Na região oriental do Crescente Fértil estava o ELÃO mais ao Norte estendendo-se até encontrar o Golfo. E entre os rios Tigre e Eufrates, a MESOPOTÂMIA, sendo posteriormente dividida em duas partes, uma delas ficando ao Norte conhecida como Assíria e a outra ao Sul (CALDÉIA ou SINAR) como Babilônia.

Na região ocidental situavam-se a SÍRIA ou ARÃ, entre o Sul da Cordilheira de Tauro até o Eufrates e o Deserto da Arábia a Leste, margeando o Mediterrâneo, até encontrar a Palestina ao Sul; a FENÍCIA, berço dos famosos navegadores comerciantes da antiguidade, uma estreita faixa de terra situada entre o mediterrâneo e o Monte Líbano; a FILÍSTIA, localizada entre o Mediterrâneo e o Sudeste da Palestina e a PALESTINA, entre a Arábia Pétrea (Sinai) e o Egito ao Sul; ao Norte a Síria; o Mediterrâneo a Oeste e o deserto da Arábia a Leste.

Os países que fazem divisa com o Crescente Fértil são: no extremo Norte a ARMÊNIA ou URARTU, localizado entre os mares Cáspio e Negro; ao Noroeste os HITITAS ou HETEUS; ao Sul o deserto arábico; ao Sudoeste o Egito; a Oeste a Ásia Menor e a Leste o Mar Cáspio, a MÉDIA, o deserto do Irã e a Pérsia. A PÉRSIA tem ao Norte a Média e a Oeste o Elão e o Golfo Pérsico.

OS DESERTOS

Dentro do Crescente Fértil, encontram-se os desertos da Arábia e da Síria, fazendo limite a Sudoeste com a Península do Sinai (ou Arábia Pétrea) e o Egito.

ASPECTOS CULTURAIS DE ALGUNS PAÍSES

Caldeia – (Iraque) A capital era Babilônia. A Caldeia se originou dos sumérios. Pouco ou quase nada se sabe sobre a Suméria, por causa do dilúvio. Povo muito antigo, um dos mais antigos da terra, nos deixou à escrita, a agricultura, a arquitetura (primeiros fabricantes de tijolos) e o famoso código de leis de Hamurabi. A Caldeia, conhecida principalmente por Babilônia, foi uma potência nos primórdios da civilização, enfraqueceu-se e depois tornou a ser uma potência mundial por volta do ano 600 a.C., quando derrubou a Assíria tirando dela o domínio das nações.

Assíria – Situada ao norte da Babilônia, cuja capital nos tempos antigos foi Assur, posteriormente foi mudada para Nínive. Dominou o mundo durante o período de 911 a.C. a 609 a.C.

Egito – A capital era Tebas (Cairo). Depois da Caldeia o Egito é considerado o país mais antigo. Terra de agricultores. Do Nilo, o rio sagrado para eles, vinha grande parte da subsistência. Exploravam o cobre e faziam armas e ferramentas para construções arquitetônicas. Povo inteligente e instruído. Foi à primeira potência mundial de que se tem registro.

Filístia – (Gaza) A capital era Asdode. Povo forte originário da Ilha de Chipre. Eram peritos na fabricação de armas de guerra. Foram guerreiros valentes, perigosos e maus. Os filisteus sempre ameaçaram Israel, e só se enfraqueceram no tempo de Davi.

Fenícia – (Líbano) A capital era Tiro. Povo sábio e rico. Mestre nas artes náuticas. Conhecia os segredos dos mares e através da navegação trazia muito ouro para seu país. Também negociava madeira, especialmente o cedro. Teve relações amistosas com Israel.

Síria – A capital era Damasco. Por estar situada entre duas grandes nações, a Síria foi ofuscada no seu progresso. Fez guerra com Israel, mas foi subjugada pela Assíria e Babilônia.

Canaã – (Israel, Palestina e Jordânia). A capital era Hazor (Josué 11:10). Povo descendente de Cam, filho de Noé, deu origem aos jebuseus, amorreus, girgaseus, heveus, arqueus, sineus, arvadeus, zamareus e hamateus, todos os povos cananeus. Amaldiçoados por causa do pecado de Cam (Gênesis 9:20-27) e em razão de sua desmesurada iniquidade (Gênesis 15:16), os cananeus foram tirados da terra e esta foi dada a Israel.

ASPECTOS RELIGIOSOS

No belíssimo cenário do Éden, surgiu a funesta presença de Satanás vestido numa serpente. Com sua astúcia e engano despejou desgraça e morte sobre a humanidade e não se deu por satisfeito. Para dar continuidade aos seus intentos malignos, Satanás apresentou-se em uma nova roupagem, os ídolos. Antes, porém, eles surgiram como deuses, fruto da imaginação ou das experiências sobrenaturais dos homens. Todas as nações eram politeístas e desenvolviam cultos com rituais de magia e feitiçaria. Para nosso estudo, dentro do cenário bíblico, citamos os principais deuses dos povos que tiveram influência mais direta sobre a nação de Israel:

Dagom, Baalzebube e Astarote – Deuses dos filisteus. Dagom era o principal. Tinha o corpo de peixe e a cabeça de homem. Um ídolo representando Dagom foi destruído por Sansão em Gaza (Jz 16:23-30) e outro caiu milagrosamente diante da Arca da Aliança em Asdode (I Sm 5:1-4). Baalzebube ou Belzebu era o senhor das moscas e Astarote era a deusa da astrologia, do poder produtivo, do amor e da guerra. Seu culto era realizado nos bosques e acompanhado de grande licenciosidade. No tempo do profeta Ezequias ela era adorada como rainha do céu (Jr 7:18; 44:17-19). Também adorada pelos egípcios e fenícios.

Baal – Deus dos fenícios e dos cananeus. Para os babilônicos, Marduque. Grosseiro (imagem monstruosa), cruel e vingativo, só aceitava sacrifício humano. Baal significa “senhor” e não era um nome próprio, mas o nome do deus de cada lugar – Baal-Peor, Baal-Hanan. Era adorado nos “lugares altos” e com muita pompa. Daí o salmista dizer, ao olhar para os montes cheios de altares pagãos: “Elevo os olhos para os montes: De onde me virá o socorro?”  (Salmo 121:1). Os seus sacerdotes, às vezes, ficavam tão excitados que se cortavam com facas. Jezabel e Acabe fizeram da adoração a Baal a religião do Estado de Israel. Aserá era companheira de Baal (Jz 3:7).

Moloque (Milcom) – Deus dos cananeus e amonitas. Abominável e cruel, feito de bronze no formato de um bezerro com braços estendidos e o corpo era oco por dentro, onde se colocava fogo e lançavam crianças vivas para serem sacrificadas, enquanto tocavam tambores bem alto para não se ouvir os seus gritos. Salomão, já velho, construiu altares para esse deus no monte das Oliveiras (I Re 11:7).

Geografia da Palestina

Vale do Megido – Israel

ISRAEL, A TERRA ONDE TUDO COMEÇOU

O território da Palestina compreende uma área de 9.654 Km quadrados. De Berseba ao Sul, até Dã ao Norte, são 250 km de extensão. Entre o mar Mediterrâneo e o rio Jordão sua largura média é de 64 Km, com um máximo de 87 Km desde Gaza até o mar Morto, estreitando-se para 45 km no mar da Galiléia. Com a adição de 6.436 km quadrados, a leste do Jordão, área denominada Transjordânia, a região envolve cerca de 16.090 km quadrados, isto é, ligeiramente maior que o estado brasileiro de Sergipe.

Para compreendermos melhor suas características físicas, do período anterior à sua conquista pelos israelitas, a Palestina pode ser dividida em 4 áreas principais: a Planície Marítima, o Planalto Central, o Vale do Jordão e o Planalto Oriental.

PLANÍCIE MARÍTIMA

Extensa e dividida em quatro seções:

    - Fenícia – localizada no extremo Norte (Líbano), foi o berço das grandes navegações;

    - Acre ou Aco (areia quente) – na mesma latitude do Mar da Galiléia, vai do Sul de Tiro à Planície de Saron. Região portuária, rica e bela;

    - Sarom – descendo da região do Monte Carmelo até Jope, zona de bosques, muita areia, desapropriada para aportar navios, terra rica e produtiva., Havia muitos lírios e rosas. Hoje é um dos mais ricos distritos agrícolas de Israel, especialmente na produção de laranja;

    - Filístia - entre Jope e Gaza, região fértil na produção de cereais e frutas, especialmente figos e azeitonas;  de pouca navegação, exceto a Faixa de Gaza. Nessa região habitaram os terríveis filisteus.

PLANALTO CENTRAL

Limita-se a Oeste com a Planície Marítima; a Leste com o vale do Jordão; ao Norte com as cordilheiras do Líbano e ao Sul com o Neguebe. As áreas principais são: Galiléia, Samaria, Judéia e os vales de Sefelá, Jesreel e Megido.

- Vale de Jezreel e Megido – Estende-se do Monte Carmelo, em linha diagonal até o Jordão, banhada pelo rio Quisom e sua terra é de grande fertilidade. É conhecida desde tempos antigos, como sendo campo de batalha das nações. Nesta região Baraque derrotou Sísera, Gideão derrotou os midianitas e morreu Saul. No tempo do reino dividido foi a região da moradia do rei Acabe, onde existiu a vinha de Nabote. Ali também morreu Josias. Serviu de celeiro para vários reis nos tempos de seca e é a região da grande batalha final do Armagedom (Apocalipse 16:16)

- Vale do Sefelá - Significa terras baixas. Situada entre a Planície da Filístia e a Cordilheira da Judéia, é um terreno de baixas colinas numa altura aproximada de 165m acima do nível do Mediterrâneo. Teve grande importância na história de Israel por sua posição geográfica e por sua produtividade. Abraão e Isaque viveram ali longos anos. Por causa de sua localização estratégica, foi motivo de muitas guerras entre israelitas e filisteus.

VALE DO JORDÃO

 É o maior vale de Israel e o mais profundo da terra – 426 metros abaixo do nível do mar. Nasce no Monte Hermom, atravessa no sentido norte e sul o Planalto Central e o Planalto Oriental e termina no Mar Morto, com 215 km de extensão. Suas terras são muito férteis ao Norte e improdutivas ao Sul, à medida que se aproxima  da região do Mar Morto, por causa da grande quantidade de betume e sal.

PLANALTO ORIENTAL

Limita-se ao Norte com Damasco e o Hermom; ao Sul com o rio Zerede; a Oeste com o rio Jordão e a Leste com o deserto da Síria e da Arábia. Era divido em quatro partes: o Planalto de Basã, no extremo Norte, o Planalto de Gileade, a Leste do Jordão, o Planalto de Amom, também a Leste do Jordão e o Planalto de Moabe, a Leste do Mar Morto. Quando o povo de Israel entrou na terra prometida, Deus não permitiu a conquista das regiões de Amom e Moabe por serem eles seus parentes.

A OROGRAFIA (MONTES)

“Terra de montes e de vales: da chuva dos céus beberá as águas...” (Deuteronômio 11:11).

HERMOM

Significa dedicar, consagrar e está localizado no extremo Norte. Ali nasce o rio Jordão que abastece todo o país. É o ponto culminante da Palestina, com 2.750 m de altitude. Conhecido também pelos nomes de Siom (Deuteronômio 4:48), Siriom e Senir (Deuteronômio 3:9). Hoje é conhecido como GEBEL EL-SEIH, literalmente, “monte do ancião”, talvez por causa de sua neve permanente. O monte esbanja vida. Em suas regiões mais baixas colhem-se azeitonas, maçãs, pêras, uvas, trigo, além de verduras e legumes (Salmo 133).

Nele Jesus se transfigurou (Mateus 17:1), embora a tradição católica diga que tenha sido no Tabor. Isto não se sustenta, pois o texto bíblico se refere a um alto monte e o Tabor, além de ser um monte baixo, no período do Novo Testamento havia nele um vilarejo.

CORNOS DE HATIM

Fica a noroeste do Mar da Galiléia há aproximadamente um quilômetro de Cafarnaum. Seus dois picos principais têm a aparência de chifres, daí a razão do nome. Entre os dois picos, existe uma extensa área que pode abrigar de 4 a 5 mil pessoas. Acredita-se que nele Jesus pregou o Sermão do Monte. O Hatim também é conhecido como o Monte das Bem-Aventuranças.

Nos dias do Senhor Jesus, abundavam os lírios vermelhos, usados como ilustração no Sermão do Monte: “E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam”. (Mateus 6:28).

TABOR

Situado na Galiléia, com 320m de altura, figura entre os mais notáveis da Palestina, localizando-se a 8 km de Nazaré. Alguns acontecimentos marcaram este lugar:

 - Baraque organizou seu exército e venceu Sísera: “Anunciaram a Sísera que Baraque, filho de Abinoão, tinha subido ao Monte Tabor”. (Juízes 4.12);

 - Nele foram mortos os irmãos de Gideão: “Depois disse a Zeba e a Zalmuna: que homens eram os que matastes em Tabor? Responderam: Como tu és, assim eram eles: cada um se assemelhava a filho de rei. Então disse ele: Eram meus irmãos, filhos de minha mãe...” (Juízes 8: 18-19a);

 - No tempo de Oséias foi construído um altar pagão: “Ouvi isto, ó sacerdotes, escutai, ó casa de Israel, e daí ouvidos, ó casa do rei, porque este juízo é contra vós outros, visto que fostes um laço em Mispa e rede estendida sobre o Tabor.” (Oséias 5:1).

 

CARMELO

Não é propriamente um monte. É uma cadeia de montanhas privilegiada por seu ar puro. Verduras, legumes, frutas variadas, bem como flores, são abundantes ali. Muitas cavernas naturais aparecem no monte. Uma delas é conhecida como “Gruta de Elias”, pois diz a tradição que nela Elias e Eliseu tinham a Escola de Profetas. Principais acontecimentos:

 - Uma das mais intensas batalhas entre a fé verdadeira e a idolatria. Elias desafiou quatrocentos profetas de Baal. (I Reis 18);

 - Eliseu se encontrou com a Sunamita: “Partiu ela, pois, e foi ter com o homem de Deus, ao monte Carmelo. Vendo-a de longe o homem de Deus, disse a Geazi, seu moço: Eis aí a sunamita...” (II Reis 4:25);

 - O profeta Eliseu passou por ele muitas vezes: “Dali foi ele para o Monte Carmelo, de onde voltou para Samaria”. (II Reis 2:25 e II Reis 4:25);

 - Sua beleza e esplendor são exaltados na Bíblia: “... deu-se lhes a glória do Líbano, o esplendor do Carmelo e de Sarom...” (Isaías 35:2). “Farei tornar Israel para sua morada, e pastará no Carmelo...” (Jeremias 50:19). “A tua cabeça é como o monte Carmelo...” (Cantares 7:5).

             A belíssima cidade de Haifa, com seu magnífico porto, está aos pés do Carmelo. Em Haifa está uma das maiores lapidações de diamantes do mundo. O Monte Carmelo é hoje um bairro muito importante de Haifa com residências luxuosas. Abriga a sede mundial dos Carmelitas e da religião Bahay.

GILBOA

Encontra-se a  543m de altura. Seu nome significa “fonte borbulhante”. De formação rochosa, e pequena camada de terra na superfície é desnudo de vegetação. Seu aspecto é triste e sombrio. Alguns fatos que ali ocorreram:

 - Os filisteus derrotaram Israel. Morreu Saul e seus filhos: “Entretanto os filisteus pelejaram contra Israel e, tendo os homens de Israel fugido de diante dos filisteus, caíram feridos no monte Gilboa. Os filisteus apertaram com Saul e seus filhos, e mataram a Jônatas a Abinadabe e a Malquisua, filhos de Saul”. (I Samuel 31:1-2);

 - Por causa desse triste episódio Davi amaldiçoou os montes de Gilboa: “Montes de Gilboa, não caia sobre vós, nem orvalho, nem chuva, nem haja aí campos que produzam ofertas, pois neles foi profanado o escudo dos valentes, o escudo de Saul, que jamais será ungido com óleo”. (II Samuel 1:21).

EBAL E GERIZIM

Ebal significa “descoberto”, fica ao norte de um vale e Gerizim ao sul, significa “terra fértil”. No fundo desse vale fica a cidade de Siquém, hoje Nablus. Entre os dois montes existe uma planície que comporta milhares de pessoas. É um verdadeiro anfiteatro feito pela mão de Deus. A acústica  é tão perfeita que se alguém falar de qualquer dos montes ouve-se com nitidez no vale. Isso permitiu às seis tribos proclamarem do Ebal as maldições, e às outras seis, do Gerizim, as bênçãos: “... metade deles em frente do monte Gerizim, e a outra metade em frente do monte Ebal... Depois leu todas as palavras da lei, a bênção e a maldição, segundo tudo o que está escrito no livro da lei”. (Josué 8:33-34).

Nas imediações do Gerizim está o Poço de Jacó. À beira desse poço Jesus falou à mulher Samaritana. (João 4).

SIÃO, MORIÁ e OLIVEIRAS

 Jerusalém está edificada sobre montes. No salmo 122:4 diz: “... para onde SOBEM as tribos de Israel” e em Lucas 10:30: “... certo homem DESCIA de Jerusalém...”. Três montes principais erguem-se e formam Jerusalém, a capital do Mundo (Ezequiel 5:5). Estes montes são: A Oeste, o Sião; a Leste, o Oliveiras e no Centro, o Moriá. Ao Norte do Sião fica o Gólgota. Ao Sul do Moriá temos Ofel e Acéldama. No Oliveiras estão o Scopus ao Norte e Escândalo e Mau Conselho ao Sul.

Entre Sião e Moriá corre um vale chamado Tiropeom. Entre o Moriá e o Oliveiras, o Vale de Cedrom.

 Monte Sião – Majestoso e soberano, localiza-se a leste da cidade. Sião significa “colina ressecada pelo sol”. Na Bíblia Sião tem mais de um sentido: Salmo 48:2; Isaías 1:8; Isaías 49:14.

Antigamente Sião era habitado pelos jebuseus. Davi, ao se tornar rei, conquistou o lugar e estabeleceu ali Jerusalém, a capital de Israel. Sua localização era privilegiada, pois além de ser uma  rota obrigatória para caravanas que atravessavam o país, constituía numa fortaleza natural, refúgio em tempos de guerra.

Com o decorrer dos séculos o monte Sião sofreu profundas alterações de limites. Atualmente, uma parte dele fica fora dos muros e está ocupada por cemitérios e campos de lavoura, cumprindo-se o que disse Miquéias 3:12: “Portanto, por causa de vós, Sião será lavrada como um campo...”.

Monte Moriá – Está separado do monte Sião pelo vale de Tiropeom e do monte das Oliveiras pelo vale de Cedrom. Seu tamanho é menos de um terço do Sião. No Velho Testamento não é chamado de “Monte”, mas “terra de Moriá”, onde havia muitos montes. Seu nome é sinônimo de sacrifício, abnegação. Nele Abraão foi submetido à sua maior prova de fé: oferecer seu filho Isaque em sacrifício a Deus.

O monte não é rochoso. E por não ser consistente o terreno, Salomão construiu muros de pedras para suportar o gigantesco templo. Esses muros foram desenterrados e constituem grande atração turística, principalmente para os judeus, onde vão orar ao Senhor e lamentar. Após a queda de Jerusalém, o que restou dos muros foi apenas um trecho de cerca de cem metros, conhecido como “Muro das Lamentações”. O templo de Salomão foi destruído em 587 a.C. por Nabucodonozor (II Crônicas 36:19). Zorobabel o reedificou em 520 a.C. (Esdras 5: 13-18). Herodes o Grande o remodelou (João 2:20) e os romanos o queimaram em 70 d.C., conforme a palavra de Jesus em Mateus 24:2. E nunca mais foi reconstruído. No século VII d.C. os árabes construíram em Moriá, na área Sagrada do Templo dos judeus, a famosa “Mesquita de Omar”, também conhecida como o “Domo da Rocha”.

 Monte das Oliveiras - Situado a Leste da cidade de Jerusalém e separado desta pelo Vale de Cedrom, o monte era coberto de oliveiras, vinhas, figos e muitas outras árvores frutíferas e ornamentais. No seu lado ocidental encontra-se o Jardim do Getsêmani. Dele foram tirados ramos para celebrar a Festa dos Tabernáculos quando voltaram do cativeiro babilônico e também quando Jesus fez sua entrada triunfal. Nele Jesus passou um dos mais dolorosos momentos de sua vida. Em um de seus cumes o rei Salomão, quando distanciado de Deus, construiu um altar ao deus Moloque, ficando o lugar conhecido também pelo nome de “monte do desprezo”.

NEBO

Com 793 m de altitude, localizado na Planície de Moabe, perto de Jericó. Dali se vê na primavera o Monte Hermom, as montanhas de Naftali, as regiões de Efraim e Judá, o Carmelo, o Mar Morto e o vale do Jordão. Alguns acreditam que o Pisga é um monte cujo ponto mais alto representa o Nebo. Assim, pode se perceber a literalidade do texto de Deuteronômio 34:1-3: “Então subiu Moisés nas campinas de Moabe ao monte Nebo, ao cume de Pisga, que está defronte de Jericó; e o SENHOR lhe mostrou toda a terra de Gileade até Dã. E todo o Naftali, e a terra de Efraim, e Manassés; e toda a terra de Judá, até ao mar ocidental; e o Neguebe, e a campina do vale de Jericó, a cidade das palmeiras até Zoar”. Depois de avistar toda a terra, morreu Moisés no monte Nego, na região de Moabe: “Assim, morreu ali Moisés, servo do Senhor, na terra de Moabe, segundo a palavra do Senhor”. (Deuteronômio 34:5).

A HIDROGRAFIA

O sistema hidrográfico de Israel é um dos mais pobres do mundo. O problema de escassez de água é grande na região, com exceção da orla marítima, onde chove com mais freqüência. Porém, com um sistema de irrigação super eficiente, modelo para o mundo, o país não pára o seu desenvolvimento social e econômico. Dentro de sua hidrografia encontram-se mares, rios e lagos.

O RIO JORDÃO (aquele que desce)

É o rio mais importante do país. Nasce no Monte Hermom, localizado em seu extremo Norte, com quase 3 mil metros de altitude, cujo topo é coberto de neve por todo o ano. É formado pelo encontro de três correntes: Hasbany,  Banias e Dan.

O Jordão atravessa dois lagos, o Merom (ou Huleh) e o mar Galiléia (ou Quinerete), lançando suas águas no Mar Morto.

Seu nome deriva de sua posição geográfica: nasce em grandes altitudes e corre, sempre descendo, até o Mar Morto. O Bânias está a 330m acima do nível do Mediterrâneo. Desce para 230m ao chegar no Lago Meron. No Mar da Galiléia está a 225m abaixo do nível do Mediterrâneo e quando chega ao Mar Morto seu nível chega a 426 m abaixo do Mediterrâneo.

Em linha reta, o rio Jordão, do Hermom ao Mar Morto, tem 215 Km. Do Mar da Galiléia até o mar Morto são 117 km em linha reta mas, por causa de suas sinuosidades o rio perfaz 320km. O Rio Jordão foi a porta de entrada do povo à terra prometida. Foi também o lugar mais freqüentado por João Batista em seu ministério e onde Jesus foi por ele batizado.

MAR DE QUINERETE OU DA GALILÉIA

É chamado no Velho Testamento de Mar de Quinerete (Josué 13.27; I Reis 15.20), sendo que no Novo Testamento é conhecido pelos nomes: Mar da Galiléia (Mateus 4.18), Lago de Genesaré (Lucas 5.1; Marcos 6.53) e Mar de Tiberíades (João 6.1). Na realidade ele não é um mar, e sim, um grande lago de águas potáveis, muito usadas na irrigação de lavouras. Sua extensão é de 20 Km de Norte a Sul e sua largura varia de 6 a 12 Km de leste a oeste. Riquíssimo em nutrientes, possui uma grande vegetação em suas margens, bem como no seu interior, produzindo uma boa quantidade de peixes. Mais de 22 espécies já foram  classificadas, sendo o mais famoso conhecido como Peixe de São Pedro.

Do norte sopram ventos frios e fortes que ao se encontrarem com o ar quente do lago provocam tempestades noturnas com ondas de até 4 a 5m de altura. Durante o dia suas águas são calmas, mas quase sempre turbulentas à noite (Marcos 4.35-41).

No tempo de Jesus havia nove cidades ao seu redor com uma população aproximada de 150 mil habitantes. Região rica e desenvolvida, era privilegiada pela principal estrada do país, a Via Maris (caminho do mar), por onde passavam as caravanas comerciais vindas do Oriente para o Ocidente e vice-versa. Com uma população numerosa e diversificada e influenciada pela cultura grega, essa região foi o cenário da maior parte do ministério de Jesus.

MAR MORTO

Localizado entre os montes de Judá e Moabe, o Mar Morto está a 400m abaixo do nível do mar. Enquanto as águas dos oceanos em geral possuem 4% de sal, as dele chegam a cerca de 30%, razão por que nenhuma espécie de vida subsiste ali. Ao chegar em suas águas os peixes morrem em poucos minutos. Não há vegetais em suas margens, nem nas proximidades. Suas águas evaporam-se numa proporção gigantesca.

São três as principais causas da salinidade de suas águas:

1. Os afluentes do Jordão atravessam regiões impregnadas de sais que são despejados no Mar;

2. Montanhas de sal estão ao longo de suas praias ocidentais, adicionando ao mar grande porção de sal;

3. A grande evaporação de suas águas. No verão a temperatura chega a até 50°

No entanto, hoje, o Mar Morto é um dos pontos turísticos mais procurados de Israel, por ser uma fonte de terapia e lazer. Sua alta temperatura, baixa umidade, ar puro, águas termais, lama mineral e orgânica associados ao magnésio, sódio, potássio e cálcio de suas águas atraem pessoas de várias partes do mundo, todos os anos, em busca não apenas de lazer, mas de tratamento para vários problemas de saúde como stress, dores reumáticas e problemas de pele.

PRINCIPAIS CIDADES

    1. TIRO – Capital da Fenícia. Cidade de comerciantes. Havia um imenso bosque, com várias espécies de árvores, inclusive o cedro que era exportado para vários países. Daí Salomão adquiriu a madeira para a construção do Templo.

    2. DOTÃ – Cidade onde José foi vendido e Eliseu prendeu o exército da Síria deixando todos cegos.

 

    3. SIQUÉM – Lugar onde Abraão recebeu a confirmação de Deus de que essa era a terra prometida e levantou ali o primeiro altar marcando o lugar. Jacó comprou um campo que ficou de herança para os filhos de José. Josué também levantou um altar marcando a volta do povo de Israel. Para lá foram levados os ossos de José. Mais tarde a cidade passou para os levitas e foi uma das 6 cidades de refúgio.  À 3 km dali Jesus conversou com a mulher samaritana.

    4. BETEL (Casa de Deus) – Situada à 19 km ao norte de Jerusalém. Ali Jacó teve 2 encontros com Deus e Jeroboão colocou um bezerro de ouro para ser adorado. O culto a Baal era associado ao culto ao Senhor. Importante centro comercial e religioso. Amós e Oséias profetizaram contra Betel e Josias cumpriu toda profecia.

    5. JERICÓ (Cidade das palmeiras) – Situada a 32 km a nordeste de Jerusalém, Jericó é considerada a mais antiga cidade de Canaã. Foi destruída por Josué e reconstruída 500 anos mais tarde por Hilel no tempo do rei Acabe. Dela vinha o famoso bálsamo de Gileade, devido ao seu poder curativo. Ali Jesus curou o cego Bartimeu e teve um encontro com Zaqueu.

    6. JERUSALÉM (Cidade de Paz) – Terra dos jebuseus. Vive em guerra desde que foi conquistada por Davi no ano 1.000 a.C. Capital da nação, conhecida como Cidade Santa, escolhida para ser o lugar do templo, o coração de Israel. Nela Jesus foi condenado, crucificado e ressuscitou. Foi destruída total e parcialmente mais de 40 vezes.

    7. HEBROM – Situada a 29 km ao sul de Jerusalém. Fundada por Quiriate-Arba, um gigante, ascendente de Golias. Cidade de Abraão, Isaque e Jacó. Em Manre, campo comprado por Abraão para ser o cemitério da família, foram sepultados Abraão e Sara, Isaque e Rebeca, Jacó e Lia. (Veja a mesquita onde se encontra os túmulos dos patriarcas, na página 52). Lugar onde os espias enviados por Moisés foram espiar a terra. Calebe recebeu Hebrom como herança na divisão das terras. Davi reinou ali por 7 anos antes de se tornar rei de todo o Israel. Mais tarde, foi dada ao levitas para ser uma das cidades de refúgio.

8. BERSEBA – Situada a 32 km ao sul de Hebrom junto ao deserto do Neguebe. Cidade onde Abraão abriu vários poços de água. Dois poços existem até hoje. Para lá Elias fugiu de Jezabel. É o limite sul da país.

 9. JOPE – Cidade portuária. Dela se levava a madeira vinda do Líbano (Fenícia) para a construção do templo. Nela Jonas embarcou num navio para Társis. Também em Jope Pedro ressuscitou Tabita e teve a visão que o levou até Cornélio. Hoje é a belíssima cidade de Tel Aviv.

10. GILGAL - Lugar onde, pela primeira vez, acampou o povo de Israel quando voltou do Egito e erigiu um altar com doze pedras tiradas do Jordão. Josué estabeleceu ali o seu quartel general. Um dos principais centros de adoração do país. Ali Saul foi aclamado rei e Jeroboão a transformou num centro de adoração pagã.

11. BELÉM (Casa do pão) – Uma das mais antigas cidades de Israel, conhecida antes como Efrata. Situada a 10 km ao sul de Jerusalém, não tem água, a não ser de cisterna. Fundada por Salmom e Raabe, é cercada de montes e vales férteis. Cidade de Davi e onde nasceu Jesus. (Miquéias 5:2).

12. SILO – Lugar onde Josué se reuniu com o povo de Israel para dividir a terra. Ali a Arca e o Tabernáculo ficaram por 300 anos até o tempo de Samuel, e os jovens de Benjamim buscaram moças para serem suas esposas.

13. HAZOR - Cidade fortificada, destruída e queimada por Josué na conquista da terra. Situada ao Norte próximo ao lago Hulé (Merom), era a principal e maior cidade dos cananeus, considerada sua capital. No tempo dos juízes foi reconquistada por Débora e Baraque.

14. ASCALOM – Cidade filistéia. Ali Sansão matou trinta homens depois de despojá-los. Não foi muito destacada na Bíblia, mas se tornou uma cidade importante no tempo das Cruzadas.

15. ASDODE – (Capital) Cidade filistéia fortificada e de grande importância, pois estava situada no cimo dum monte e dominava a entrada da Palestina para quem vinha do Egito. Principal centro de adoração a Dagom. Para lá os filisteus levaram a Arca da aliança, depois da morte de eli. Nunca foi conquistada pelos israelitas.

16. GAZA – Uma das principais cidades filistéias. Subjugada pelos israelitas algumas vezes, mas não por muito tempo. Suas portas foram levadas por Sansão. Mais tarde Sansão foi prisioneiro nela e morreu derrubando as colunas do templo de Dagom, matando os príncipes e o povo que ali estavam.

NOMES DA PALESTINA

Estes são os nomes dados à região onde Israel se instalou:

CANAÃ OU TERRA DE CANAÃ (habitante de terras baixas) – O neto de Noé, Canaã e sua descendência (Gênesis 10.6) vieram habitar nessa região. Por ser uma região de  planícies, surgiu a origem desse nome, que na Bíblia é utilizado para designar o território entre o Mediterrâneo e o Jordão.

TERRA DOS AMORREUS – Os Amorreus são descendentes dos cananeus; logo, se referem ao mesmo lugar.

TERRA DOS HEBREUS (do outro lado) – Alguns historiadores afirmam que Abraão foi chamado de hebreu porque veio de um país situado do outro lado do rio Eufrates. Daí o significado desse nome. Outros dizem que vem de seu antecedente Héber.

ISRAEL OU TERRA DOS ISRAELITAS – Jacó (Israel) e seus doze filhos formaram uma nação com doze tribos que constituíram o povo de Israel. Quando a nação foi dividida em dois reinos, esse nome passou a aplicar-se ao Reino do Norte.

TERRA DE JUDÁ OU JUDÉIA – No princípio o nome designava apenas a tribo de Judá mas, depois de dividida a nação, o Reino do Sul recebeu esse nome. Quando o povo voltou do cativeiro babilônico, o nome passou a ser aplicado a todo o território.

TERRA DA PROMESSA OU TERRA PROMETIDA – nome dado por causa da promessa de Deus a Abraão quando o chamou para ir a uma terra preparada para ele e sua descendência. (Gênesis 12.1-4);

PALESTINA (Filístia) – Significa o terreno dos filisteus, pois estes tiveram uma participação significativa na história de Israel. Esse nome esteve presente nas referências a essa região até meados da fundação do moderno Estado de Israel.

TERRA SANTA – Citado pelo profeta Zacarias e pelos cristãos desde a Idade Média, por ter sido o palco da história do plano de redenção de Deus: milagres, nascimento, ministério, morte e ressurreição Jesus. “Então o Senhor herdará a Judá como sua porção na terra santa, e de novo escolherá a Jerusalém” (Zacarias 2.12).

8. O Egito

Rio Nilo – Egito

O Egito é uma das civilizações mais antigas da terra. Foi a primeira potência mundial de que se tem registro. O esplendor de suas obras arquitetônicas antigas exerce fascínio e admiração nos historiadores, arqueólogos e turistas do mundo inteiro. Suas pirâmides foram construídas antes do tempo de Abraão, por volta do ano 2.600 a.C. Terra de faraós, reis e rainhas, de riqueza e luxúria, do conhecimento e da ciência.

Os egípcios deixaram um legado de indelével grandeza: desenvolveram a matemática e a astronomia. Descobriram fórmulas para calcular o triângulo, o círculo, as esferas e os cilindros. Com base nos movimentos do sol organizaram o calendário anual de doze meses com trinta dias cada e, naquele tempo, foram avançados na medicina e na manipulação de remédios. O segredo da mumificação nunca foi descoberto.

Seu território na forma de um retângulo compreende 96% de área desértica e apenas 4% de área produtiva. Do Nilo saía sua sobrevivência e prosperidade. Durante as enchentes anuais, os egípcios armazenavam água em muitos reservatórios, o suficiente para prover o país durante o restante do ano e plantavam às margens do rio, aproveitando o solo ainda molhado e extremamente fértil. Com o forte calor, a terra produzia com rapidez e abundância. Colhiam muitas frutas, legumes e cereais, especialmente o trigo, a cevada e o centeio. Possuíam minas de ouro, cobre, ferro, esmeralda e enxofre. Criavam cavalos, bois, camelos, jumentos e carneiros. O linho e o papiro eram exportados elevando grandemente a riqueza do país. Quase todo o Novo Testamento foi escrito em papiro.

O Egito sempre esteve ligado à história de Israel. Abraão e Jacó estiveram lá; José foi governador. Ali nasceu a nação. Salomão casou-se com a filha do Faraó. Foi o lugar onde o profeta Jeremias morreu e a Septuaginda (tradução do Velho Testamento para o grego) foi escrita e onde Jesus passou parte de sua infância.

Na religião eram politeístas. Adoravam muitos deuses, na natureza, no céu, nos animais e no cosmos. Quando Deus enviou as dez pragas, confrontou a estrutura religiosa egípcia. Dos deuses da natureza, o Nilo era o principal. Sua água foi transformada em sangue na primeira praga e na segunda produziu rãs em abundância. Onde estava a força desse rio tão sagrado? Do céu quem governava era o sol. Onde estava seu poder para impedir as trevas da nona praga e a chuva de pedras da sétima? Da natureza o principal deus era o touro. Os tão pequeninos piolhos da terceira praga, as moscas da quarta, a peste nos animais da quinta, bem como os gafanhotos da oitava foram demais para ele. Por último estava o Faraó, considerado o deus dos deuses, maior de todos e representante do cosmos. Foi obrigado a se curvar diante do Deus Único, o Deus de Israel, pois não pode impedir as úlceras nos homens na sexta praga e, nem na última, a morte dos primogênitos, inclusive do seu.

O governo egípcio era monárquico e eclesiástico. Faraó exercia o poder maior, pois era considerado deus, rei e sacerdote. Os sacerdotes o sucediam na hierarquia do governo sobre o povo, mas sempre controlados por ele. Foi ele quem escolheu Asenate para ser esposa de José, cujo pai era um dos mais proeminentes sacerdotes do Egito, ministrando na importante cidade de Om, (Heliópolis) guardiã do deus Ra (sol). “E a José chamou Faraó de Zafenate-Panéia e lhe deu por mulher a Asenate, filha de Potífera, sacerdote de Om; e percorreu José toda a terra do Egito” (Gênesis 41:45).

Os egípcios eram um povo instruído, inteligente e rico. Em suas principais cidades as construções eram monumentais: Tebas foi a cidade dos grandes templos e Mênfis a dos palácios dos faraós. Apesar de tanto conhecimento, eles eram moralmente frouxos e dominados pela luxúria, aceitavam a poligamia e o incesto. Era permitido um homem casar-se com sua irmã e não se escandalizavam com o adultério. Temos como exemplo a história de Cleópatra. Enquanto que, para os romanos, foi um escândalo Júlio César, sendo casado, ter uma amante, para os egípcios foi uma excelente façanha de a rainha Cleópatra conquistar o amor do homem mais famoso do mundo.

Nesse país, com essas características, nasceu a nação de Israel.

Como a Babilônia, o Egito também recebeu uma terrível sentença de Deus, registrada em Ezequiel 29:15: “Tornar-se-á o mais humilde dos reinos, e nunca mais se exaltará sobre as nações; porque os diminuirei, para que não dominem sobre as nações.”. De maior potência mundial dos tempos antigos, hoje, o Egito é o país mais pobre do mundo muçulmano.

 

CONCLUSÃO

Concluímos esse conclave espiritual, falando a você da nossa alegria na elaboração desse trabalho que trás ao nosso conhecimento quão lindo é a história da terra onde o povo de Deus peregrinou e até hoje La vivem as comprovações históricas da magnitude que é a famosa terra santa ou a terra prometida que Deus dos altos Céus ilumine os vossos corações e possam ter bastante proveito na leitura Deus nos abençoe.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Bibliografia

BÍBLIA DE ESTUDO DE GENEBRA. Editora Cultura Cristã. São Paulo.

BÍBLIA SAGRADA NOVA VERSÃO INTERNACIONAL. Editora Vida. São Paulo.

BÍBLIA DE REFERENCIA TOMPSON. Editora Vida. São Paulo

AZEREDO, Antônio Carlos W. C. de. Desenhando a linha da redenção no contexto da visão panorâmica da história e geografia bíblicas. Brasília. Igreja Presbiteriana Nacional.

ROBERTSON, Palmer O. Terra de Deus. Editora Cultura Cristã. São Paulo.

TOGNINI, Enéas. Geografia da Terra Santa. Vol I. Editora Louvores do Coração. São Paulo.

TOGNINI, Enéas. Geografia da Terra Santa. Vol II. Editora Louvores do Coração. São Paulo.

ANDRADE, Claudionor de. Geografia Bíblica. Editora CPAD. Rio de Janeiro.

JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. CPAD. Rio de Janeiro.

ENCICLOPÉDIA ILÚMINA GOLD – A Bíblia do Século XXI.

 

Pb. Josenilson Faustino da Silva